terça-feira, 21 de junho de 2011

Conheça algumas práticas adotadas pelas 100 melhores empresas para trabalhar
De acordo a pesquisa, 47% das empresas incentivam práticas esportivas fora do ambiente de trabalho


As empresas estão cada vez mais preocupadas com a qualidade de vida de seus profissionais. Um levantamento realizado pelo Great Place to Work com As 100 melhores Empresas para Trabalhar no Brasil revela que elas adotam práticas que beneficiam tanto a saúde física com a mental dos seus colaboradores.


Segundo o levantamento, 47% das empresas incentivam práticas esportivas fora do ambiente de trabalho e 21% realizam algum tipo de atividade física em suas próprias instalações.



Além disso, 48% possuem horários flexíveis para todos os funcionários e 75% concedem apoio psicológico total ou parcial para toda a empresa.

Avaliação do profissional


Na pesquisa, os profissionais têm de avaliar a sua percepção em relação ao ambiente de trabalho, analisando a seguinte frase: “As pessoas são encorajadas a equilibrar sua vida profissional e pessoal”.



Desde 1997, quando a pesquisa foi iniciada no País, até 2010, a média de pessoas que afirmavam que "sim" subiu de 74% para 80%, nas empresas consideradas as melhores para trabalhar. Nas demais empresas, a média foi de 58%. A diferença de mais de 20 pontos percentuais entre as Melhores Empresas para Trabalhar e as demais demonstra que o fator é considerado um diferencial para os funcionários.



Outra afirmativa, que busca saber se o local de trabalho é psicologica e emocionalmente saudável para trabalhar, alcançou média de 82% nas Melhores Empresas para Trabalhar com os maiores índices de confiança e de 60% nas demais avaliadas.


Equilíbrio


Os dados revelam ainda que 26% dos funcionários consideram que o principal motivo que os faz permanecer em suas empresas é o fato de elas proporcionarem equilíbrio entre vida pessoal e profissional. As empresas que possibilitam aos seus profissionais se ausentarem do trabalho, caso necessário, atingem média de 80%.


Há ainda a percepção de ser tratado como pessoa e não somente como funcionário. Neste quesito, as melhores empresas apresentam média de 81%.
Exageros: simpatia e proatividade em excesso podem prejudicar profissionais
"Pessoas que ficam sorrindo o tempo todo e demonstrando disponibilidade exagerada, podem parecer falsas", diz consultora


Já diz o dito popular que um sorriso abre portas, mas, sorrir demais, segundo alertam os especialistas, pode passar uma imagem negativa, de falsidade, e acabar prejudicando a evolução profissional dentro da empresa.



“Pessoas que ficam sorrindo o tempo todo e demonstrando disponibilidade de forma exagerada podem passar uma imagem de falsidade”, diz a consultora de planejamento de carreira da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Karla Mara Alves de Oliveira.



Outra atitude tida como positiva, mas que, se for exagerada, pode acabar impactando de forma negativa os profissionais é o excesso de proatividade, que pode levar as pessoas a enxergarem este profissional como intrometido.



“Ser resiliente e proativo demais, querer saber de tudo, participar de tudo o que acontece na empresa, além de dar uma impressão negativa, pode fazer com que o profissional acabe deixando de lado as obrigações pelas quais ele é de fato responsável, o que torna o comportamento prejudicial para a carreira”, explica a consultora em carreira da De Bernt Entschev Human Capital, Gizelle Marques.


"Pessoas que ficam sorrindo o tempo todo e demonstrando disponibilidade exagerada,

podem parecer falsas", diz consultora

Extremos


Ainda segundo Gizelle, qualquer comportamento extremo é prejudicial para a evolução da carreira. Assim, quem sempre coloca o trabalho em primeiro lugar, como aqueles que nunca abrem exceções na vida particular para resolver questões profissionais, são mal vistos por gestores e líderes.



Neste sentido também, de exageros, ela destaca a excessiva resistência ao novo e a busca interminável por feedbacks.



“Na tentativa de acertar, de conseguir uma melhor colocação na empresa, as pessoas acabam exacerbando comportamento. Há aqueles que buscam o tempo todo por feedback, que querem sempre saber qual é o próximo passo para chegarem a outro patamar, por exemplo. Tais atitudes podem demonstrar ambição exagerada, impaciência para cumprir as etapas da evolução da carreira”.



Outras atitudes


Além das ações positivas, que, quando exageradas, tornam-se negativas, Karla lembra ainda das atitudes que sempre são tidas como negativas e acabam contando pontos a menos para o profissional:



* Comprometer-se e não cumprir;

* Falar mal de antigos chefes e empresas;

* Não saber ouvir a opinião de terceiros;

* Não saber lidar com críticas;

* Querer aparecer mais que os outros membros da equipe;

* Ser inflexivo e agressivo;

* Ser centralizador;

* Não cuidar da aparência pessoal;

* Mostrar-se inseguro, desinteressado e não saber olhar a empresa como um todo.

Além da empresa


As especialistas lembram ainda que é um erro focar-se somente no emprego atual, esquecendo-se da empregabilidade. De acordo com elas, é preciso prestar atenção ao mercado e procurar se atualizar, para não sabotar a própria carreira.



Neste sentido, lembram, é essencial manter o networking, sendo um erro demonstrar-se preconceituoso, não sustentar as amizades e mostrar-se interesseiro, procurando as pessoas apenas quando precisa de algo.

domingo, 19 de junho de 2011

Utilização irregular da internet pode gerar demissão por justa causa, diz advogado
Segundo o especialista, entre os casos mais comuns, estão o uso do computador e da internet para assuntos pessoais

Para evitar o uso abusivo dos profissionais, muitas empresas estabelecem normas que disciplinam o uso das ferramentas virtuais, como e-mail e sites, incluindo as redes sociais. Apesar das regras, é comum encontrar profissionais que burlam as normas.

De acordo com o especialista em Direito Trabalhista do escritório Crivelli Advogados, Jefferson Morais dos Santos Junior, a desobediência destas regras pode resultar na demissão por justa causa. Segundo ele, entre os casos mais comuns, estão a utilização irregular do computador e da internet da empresa para resolver assuntos pessoais e o acesso a páginas na internet que são vetadas.


“O uso abusivo da internet para fins particulares, quando colocado à disposição do empregado como um instrumento ou ferramenta de trabalho, é considerado falta grave e causador da quebra de confiança pelo empregador”, explica.

Ele acrescenta ainda que o empregador pode monitorar o acesso a sites do trabalhador, quando ele exerce atividade profissional, mas é vetado o monitoramento ao conteúdo do e-mail pessoal do funcionário.


Justa causa

O advogado acrescenta que a empresa pode demitir o profissional quando desejar, “mas, quando se fala em justa causa, a demissão precisa, necessariamente, de um motivo”. De acordo com o especialista, não há uma progressão de penalidade no caso de justa causa, o que se deve levar em consideração é a gravidade do ato praticado.



“Não é demais frisar que a prova da improbidade em juízo deve ser farta, clara e convincente, a fim de que não se dê margem a dúvidas, pois a acusação de desonesto, feita a um empregado, traz efeitos que extravasam as simples relações empregatícias, para repercutir, eventualmente, na vida familiar e social do acusado. Por vezes, coloca em jogo a própria liberdade do empregado, caso seu comportamento seja examinado no juízo criminal”, explica.

Ele indica ainda que a empresa tenha cuidado na apuração dos fatos e no momento de interpretar. Para o especialista, há grandes perspectivas para que o instituto da justa causa seja utilizado com mais ênfase pelas empresas, as quais “devem observar os seus requisitos para não expandir sua utilização de forma desordenada e distante de critérios legais”, finaliza.
Com maior profissionalização, empresas têm deixado de lado o velho QI
Ter uma pessoa "costas-quentes" sem avaliação de competência é prejudicial para as relações de trabalho

No mercado de trabalho é comum que uma vaga seja preenchida por profissionais indicados. Entretanto, antes de serem aprovadas, estas pessoas participam do processo seletivo, assim como os demais candidatos. É o que afirma o headhunter da De Bernt Entschev Human Capital, Romulo Machado.

“Hoje, 85% das contratações são de indicações, mas as empresas avaliam as competências e o comportamento destes profissionais”, explica. As outras contratações são feitas por meio de busca de profissionais no mercado pelas consultadorias e uma minoria é realizada apenas pela recomendação de alguém.

De acordo com o professor de Gestão de RH (Recursos Humanos) da Veris IBTA, Cristiano Luiz Rosa, a contratação de pessoas baseada apenas na recomendação tem diminuído na última década.

“Isto ainda acontece, mas não com tanta influência. Com a abertura de capitais, as empresas estão cada vez mais profissionais. Hoje as empresas buscam resultados”, diz. Ele acrescenta que a contratação baseada somente na confiança é comum em empresas em que não existe governança corporativa. “Estas empresas estão fadadas ao fracasso”, enfatiza.


Contratação de pessoas baseada apenas na recomendação tem diminuído na última década.

Falta de interação

Ter um profissional “costas-quentes”, por ser o indicado de alguém, prejudica em especial as relações de trabalho, principalmente se esta pessoa ocupa um cargo de liderança. Rosa compara esta situação com casos que acontecem no mundo do futebol.

“No mundo do futebol é comum a queda de técnicos que eram de confiança dos dirigentes do clube e de jogadores que eram de confiança dos técnicos. Só a confiança não basta. É necessário que haja uma integração com a equipe”, diz.

Já Machado afirma que, no caso da pessoa que tem um cargo de chefe, os problemas como falta de motivação da equipe acontecem somente se a pessoa não tiver a competência e o comportamento esperados tanta pela empresa como pelos colaboradores.

“Nesta situação, os profissionais apresentaram um descontentamento e desmotivação. A mensagem que a empresa irá passar é que naquela empresa não se cresce por merecimento, mas pelo famoso QI [Quem Indica]”.

Ele explica ainda que, em situações assim, não se formam bons profissionais. “Nada é melhor do que treinar os próprios profissionais. Os funcionários conhecem a cultura e os processos das empresas”.

Já no caso de profissionais que são indicados, mas não são chefes, o headhunter afirma que não a contratação deste colaborador não impacta negativamente na equipe. “Esta pessoa irá aprender, ele terá as mesmas oportunidades que os outros”, finaliza.